terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Brasileiro encontra caminho para cura de 90% dos tipos de autismo, além de Rett.

Notícia muuuuuuito importante para todos os interessados em Autismo!!!

Dá esperança a todos nós!!!


Brasileiro encontra caminho para cura de 90% dos tipos de autismo, além de Rett.

Por Paiva Junior

Sim, 90% dos tipos de autismo têm causas genéticas e poderão ser curados num futuro (que desejamos ser próximo), assim como a Síndrome de Rett. A conclusão é do neurocientista Alysson Muotri, que trabalha na pesquisa da cura do autismo nos EUA.

Em entrevista exclusiva com o neurocientista, que trabalha e reside em San Diego, na California, foi possível entender melhor o que a mídia mundial noticiou há três semanas: uma esperança para a cura do autismo. Aliás, as palavras “cura” e “autismo” jamais estiveram juntas na história da ciência. Só por esse fator, o trabalho já é um marco. Além de Alysson, os neurocientistas Carol Marchetto e Cassiano Carromeu formam o talentoso trio brasileiro que lidera esse trabalho.

Todas as reportagens citavam a cura do autismo. As mais detalhadas, porém, diziam que o tipo de autismo era a síndrome de Rett apenas. Sem entrar na discussão de Rett estar ou não incluída no espectro autista, isso incomodou muita gente e algumas pessoas que se animaram com a notícia se desapontaram ao saber que o trabalho foi feito apenas com essa síndrome -- que afeta quase que somente meninas (pois os meninos afetados morrem precocemente). Muitos diziam: “síndrome de Rett não é autismo!”. Então de nada valeria a pesquisa para os autistas.
Certo? Errado.

Alysson não gosta de comentar trabalhos ainda não publicados, porém me revelou com exclusividade que seu próximo trabalho é exatamente o mesmo feito com síndrome de Rett, porém utilizando pacientes com autismo clássico, que deverá ser publicado em algum momento de 2011.
E ainda adiantou que os resultados de um subgrupo dessa pesquisa foi o mesmo que conseguiu com os Rett: “os sintomas são similares aos de Rett, mas ainda não tentamos a reversão propriamente dita, mas acreditamos que deva funcionar da mesma forma; os experimentos estão incubando; tudo isso é muito recente ainda. E a filosofia é a mesma: se curar um neurônio, ele acredita que poderá curar o cérebro todo.
Quando perguntei se ele já sabe onde será publicado esse trabalho e se tinha mais detalhes, a resposta foi imediata: “Não, ainda é muito cedo, precisamos terminar uma serie de experimentos”. Essa nova pesquisa envolveu vinte pacientes com autismo clássico. “Em alguns casos conseguimos descobrir a causa genética, o que facilita mais a interpretação dos dados”, explicou o brasileiro. Aliás, segundo ele, seria possível identificar o autismo em um exame, usando essa mesma técnica, mas isso hoje seria imensamente caro e complexo, portanto ainda inviável.

A droga para essa possível cura, possivelmente uma pílula, segundo Alysson deve vir em cinco ou dez anos, mas ele adverte: “Não se esqueça que a ciência muitas vezes dá um salto com grandes descobertas. Previ que este meu estudo demoraria uns dez anos e consegui fazê-lo em três anos”, explicou ele, referindo-se à descoberta do japonês Yamanaka de fazer uma célula “voltar no tempo” e reprogramá-la (veja explicação neste link), o que “acelerou” o trabalho do neurocientista.

Outra informação importante revelada por Alysson foi que ainda não se sabe como se comportará o cérebro quando curado do autismo. Tanto a pessoa pode simplesmente “acordar” do estado autista e passar a ter desenvolvimento típico (“normal”), como pode dar um “reset” no cérebro e ter que aprender tudo de novo, do zero, mas aprendendo naturalmente como as crianças neurotípicas (com desenvolvimento “normal”). Pode ser que a pessoa “curada” de autismo passe a ter outros gostos e interesses e até perder algumas habilidades que tinha antes, supõe o pesquisador brasileiro, que ainda tem um longo caminho pela frente no aprimoramento da sua técnica e na busca pela droga mais eficiente, que é o próximo passo das pesquisas. “É um trabalho importante, pois hoje há 1 autista para cada 105 crianças nos EUA”, informa ele.

INTERESSE DA INDÚSTRIA

Por último, ele revelou na entrevista que a indústria farmacêutica já o procurou, mas o laboratório vai seguir de forma independente também, com menos investimento, mas sem muito medo de riscos na busca pela cura definitiva do autismo para todas as idades, que é o desejo do palmeirense Alysson Muotri.

Esses laços evidentes com o país natal, faz o cientista “investir” em ajudar e incluir o Brasil nas pesquisas. Há uma parceria dele com uma equipe da USP (Universidade de São Paulo). A bióloga Karina Griesi Oliveira, passou um ano com os brasileiros na California aprendendo essa nova técnica de reprogramação celular (leia mais neste link da revista Pesquisa, da Fapesp). “Com colaboração da Karina, estamos também trabalhando com alguns pacientes brasileiros”, destacou o paulistano, que também graduou-se na USP.

Muitos dados citados na entrevista, como a estatística de 1 para 105 ainda nem foram publicados, pois, como diz Alysson, estamos lidando aqui com a “nata” da ciência: É a “cutting-edge science”, definiu ele, em inglês. “Esse número foi divulgado na ultima reunião da Sociedade de Neurociências, realizada em novembro de 2010, em San Diego (EUA)”, contou ele, que lidera onze pessoas em sua equipe, que, em alguns momentos, chegou a ter vinte integrantes.
Os detalhes da pesquisa estão na coluna quinzenal "Espiral" de Alysson no portal G1 e a minha entrevista exclusiva completa com o neurocientista brasileiro -- que durou uma hora e dez minutos -- você poderá ler, na íntegra, na próxima edição da Revista Autismo, que sai no primeiro trimestre de 2011 -- valerá a pena aguardar!
Talvez hoje ainda não possamos dizer que o autismo é curável. Mas agora também não se pode mais dar a certeza de que seja incurável.

Paiva Junior é editor-chefe da Revista Autismo e entrevistou Alysson Muotri, por telefone, no dia 02.dez.2010.

Fonte: http://revistaautismo.com.br/

sábado, 20 de novembro de 2010

Temple Grandin, a autista Ph.D


Temple nasceu autista, coisa que na época ninguém conhecia muito bem. Seu jeito peculiar de pensar e seu comportamento antissocial e agressivo eram mal vistos por professores e colegas de escola na infância. Frequentemente brigava com outras crianças. Ela tinha dificuldade de aprender certas coisas, porque as coisas para ela seguiam uma lógica particular. A única coisa que podia deixar Temple mais calma era um abraço forte, mas ela não conseguia dizer isso nem a sua mãe.


A necessidade inexpressa de ser abraçada deu a ela uma ideia fixa: ela tinha de construir a máquina do abraço. Dona de uma habilidade espetacular de visualizar formas que nunca tinha visto (Temple diz sempre que o autista pensa em imagens), ainda adolescente ela começou a projetar em sua mente um equipamento que fosse capaz de apertá-la até o alívio de suas tensões. E não sossegaria até pôr sua ideia em prática. “As fixações podem ser canalizadas para fins construtivos. Remover a fixação pode ser uma imprudência”, diz Temple em sua autobiografia Uma menina Estranha (Cia. das Letras, 1999).


Sem conhecimento técnico prévio, Temple desconfiou que o brete, um aparelho usado no manejo de gado, pudesse ser adaptado para ela. O brete era um aparelho rústico que, apertado ao corpo do animal, mantinha-o calmo antes do abate. Temple sabia que era disso que precisava. Então resolveu testar. Entrou no aparelho como se fosse um boi, puxou suas cordas e sentiu um alívio que desejara por anos. A partir daí, com o apoio de um professor no colégio rural em que estudava, Temple dedicou-se ao estudo do bem-estar animal, e também ao seu próprio. Anos mais tarde, após vários cursos superiores, tornou-se uma das maiores especialistas em abate humanitário, e também uma grande entenderora do autismo. “Paradoxalmente, era no matadouro que eu estava aprendendo a dar afeto”, escreveu Temple.


O filme conta toda essa história e ainda mostra como Temple via a realidade e as imagens em sua mente. A bela atriz Claire Danes ficou irreconhecível para encarnar Temple na telinha, mas, segundo a própria senhora Temple, que deu entrevistas direto do tapete vermelho no dia da premiação, ficou idêntica à original. Ainda não assisti, mas recomendo pela tremenda lição que Temple nos oferece sobre as riquezas que podem existir mesmo onde não estamos acostumados a enxergá-las.


Dados:Revista Época

Notícia recente sobre Autismo

Recebi o seguinte e-mail do Dr. Carlo Schimidt, psicólogo pesquisador de Autismo no Brasil, acho importante divulgar aqui no blog:

Pessoal,

Notícias recentes e divulgadas em massa suscitaram dúvidas naqueles interessados no assunto, iniciando a geração de algumas confusões sobre o atual estado da arte.
Como pesquisador do autismo me preocupo com isso e peço que divulguem aos seus conhecidos os aspectos científicos e empíricos dessa descoberta da genética.
Para compreenderem, assistam à entrevista com o Dr, Alysson Muotri (autor do artigo da Nature) no link abaixo:

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/11/cerebro-de-autista-e-palco-de-copia-e-cola-de-genes-diz-biologo-brasileiro.html?ref=nf

Terapia precoce e Autismo

Olá!

Adorei essa reportagem sobre terapia precoce, no caso o método utilizado é ABA.

Cabe lembrar que o MIND Institute da Califórnia é muito conceituado na área de Autismo, então a reportagem vale a pena de ser lida!

Um abraço!


Autismo: Terapia precoce pode ajudar a prevenir autismo

Três anos se passaram desde que Diego recebeu o diagnóstico de autismo, aos 2 anos de idade. Desde então, sua mãe Carmen Aguilar já fez incontáveis contribuições para as pesquisas sobre a síndrome.

Ela doou todos os tipos de amostras biológicas e concordou em manter um diário de tudo o que come, inala ou esfrega na pele. Uma equipe de pesquisadores presenciou o nascimento de seu segundo filho, Emilio. A placenta, algumas amostras de tecido da mãe e as primeiras fezes do bebê foram colocados em um recipiente e entregues para serem analisados.

Atualmente, a família participa de outro estudo: uma iniciativa de vários cientistas norte-americanos que buscam identificar sinais de autismo em crianças a partir dos 6 meses (até hoje, a síndrome não pode ser diagnosticada de forma confiável antes dos 2 anos de idade). No Instituto MIND , no Davis Medical Center da Universidade da Califórnia, os cientistas estão observando bebês como Emilio em um esforço pioneiro para determinar se eles podem se beneficiar de tratamentos específicos.

Assim, quando Emilio mostrou sinais de risco de autismo na sua avaliação de 6 meses – não fazia contato visual, não sorria para as pessoas, não balbuciava, mostrava interesse incomum por objetos – seus pais aceitaram de imediato o convite para que ele participasse de um programa de tratamento chamado “Infant Start”.

O tratamento consiste de uma terapia diária, chamada “Early Start Denver Model” (ESDM), baseada em jogos e brincadeiras. Testes aleatórios têm demonstrado que a técnica melhora significativamente o QI, a linguagem e a sociabilidade em crianças com autismo. Além disso, os pesquisadores dizem que quanto antes tiver início o tratamento, maior será potencial de sucesso.
"No fundo, o que podemos fazer é evitar que uma certa proporção de autismo ocorra," explica David Mandell, diretor adjunto do Centro de Pesquisas de Autismo do Hospital Pediátrico da Filadélfia. "Eu não estou dizendo que estas crianças estão sendo curadas, mas podemos estar alterando suas trajetórias de desenvolvimento ao intervir precocemente, para que elas nunca sigam o caminho que leve à síndrome. É impossível conseguir isso se ficarmos esperando o completo surgimento da doença."

Sally Rogers, a cientista do Instituto MIND que acompanha a família Aguilar, conta que já enfrentou muitos desafios na adaptação da terapia de crianças de mais de um ano para os bebês.
Mesmo os bebês com desenvolvimento normal para a idade ainda não podem falar ou gesticular, muito menos fingir. Em vez disso, Rogers pede que os pais prestem atenção no balbuciar e nas interações sociais simples que ocorrem durante as rotinas normais de alimentar, vestir, dar banho e trocar o bebê.

Durante a primeira sessão com Emilio, de 7 meses, Sally demonstrou aos pais Carmen e Saul jogos de esconde-esconde, cócegas e outras brincadeiras de interação com pessoas. Ela falou sobre as 12 semanas seguintes e como eles fariam para que Emilio trocasse sorrisos, atendesse pelo nome e balbuciasse, começando com uma única sílaba ("ma"), depois passando para duas ("gaga") e mais adiante para combinações mais complexas ("maga").

"A maioria dos bebês vem ao mundo com uma espécie de ímã embutido que atrai as pessoas", explica Sally. "Uma coisa que sabemos sobre o autismo é que ele enfraquece esse ímã. Não é que não se interessem, mas eles têm um pouco menos de atração pelas pessoas. Então, como podemos aumentar nosso apelo magnético para chamar sua atenção?

"A lição número um foi o contato visual. Sally pediu que os pais se revezassem para brincar com Emilio, incentivando-os a ficar cara a cara com o bebê e permanecer na sua linha de visão. Carmen Aguilar inclinou-se sobre o cobertor azul e sacudiu um brinquedo. "Emilio? Onde está o Emilio?

Do outro lado do espelho de duas faces, um pesquisador acompanhava a sessão e um assistente monitorava três câmeras de vídeo na sala. Sally Ozonoff, que foi a primeira a escolher Emilio para o estudo, parou para observar.

"Ele está olhando apenas para o objeto, embora o rosto de sua mãe esteja a oito centímetros de distância", disse ela. "Ele tem um rosto muito sóbrio e tranquilo".

Saul Aguilar foi o próximo a tentar. Ele colocou Emilio em uma cadeira vermelha feita de um saco de sementes e dobrou os lados sobre o bebê. "Chuá, chuá, chuá!", fez Saul. Nenhuma resposta.
Ele levantou Emilio para cima de sua cabeça e imitou um avião. Emilio olhou para o teto.

Então Saul colocou o bebê de volta na cadeira e pegou um lobo de pelúcia. Pôs o lobo sobre a cabeça e deixou-o cair em suas mãos. "Pschooo! Uuooó! Finalmente, Emilio olhou.

"Isso foi ótimo", disse Sally Rogers ao pai do bebê. "Você colocou o brinquedo sobre a cabeça e ele foi atraído para o seu rosto. Você usou o brinquedo para melhorar a interação social. Ao trazê-lo até o seu rosto, Emilio percebe você."

Embora as causas do autismo ainda sejam um mistério, os cientistas concordam que existe algum fator genético ou biológico envolvido. Tratamentos experimentais como o “Infant Start” visam abordar o ambiente social em que o bebê vive, para descobrir se as mudanças em casa podem alterar o desenvolvimento biológico da doença.

"As experiências formam os cérebros dos bebês de uma maneira muito física", explica Sally. "As experiências determinam as sinapses; algumas são construídas e outras são dissolvidas."

Na teoria, seum bebê prefere objetos em vez de rostos, uma "cascata de desenvolvimento" pode começar: os circuitos cerebrais que nasceram para a leitura facial são usados para outro fim, como o processamento da luz ou de objetos. Assim, os bebês perdem a capacidade de entender os sinais emocionais transmitidos pela observação de expressões faciais. Quanto mais tempo o cérebro de um bebê seguir este curso de desenvolvimento, mais difícil torna-se a intervenção.

Entretanto, o esforço de frear o autismo através de intervenções antecipadas apresenta um problema científico.

Como não existe um diagnóstico formal de autismo antes dos 2 anos, é impossível distinguir entre os bebês que são ajudados pela intervenção e os que jamais teriam desenvolvido autismo. Os pesquisadores precisam obter uma série de avanços com bebês como Emilio antes de fazer um estudo aleatório, comparando os bebês que recebem o tratamento com aqueles que não o recebem.

Os pais de Emilio estão felizes por seu filho participar da primeira fase do programa piloto. Eles viram o filho mais velho, Diego, progredir tanto na terapia comportamental entre as idades de 3 e 5, que ficam muito esperançosos com o que poderá acontecer com o mais novo.

Saul Aguilar largou o emprego em uma empresa de telecomunicações para cuidar de Emilio e trabalhar em seus objetivos todos os dias. Carmen Aguilar havia deixado seu emprego de assistente social quando o primeiro filho recebeu o diagnóstico. Mas os planos para o futuro tiveram que ser revistos depois da avaliação de 6 meses de Emílio.

"Eu sou a primeira pessoa da minha família a ir para a universidade," diz Carmen Aguilar. "Meu pensamento foi: 'agora já preparei o futuro de meu filho."

Mas, depois de saber que Emilio também pode ter autismo, ela diz que "você para de olhar para tão longe no futuro; somos forçados a pensar um dia de cada vez."

Tradutor:Claudia Lindenmeyer

Fonte: UOL Noticias

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Grupo de Apoio

Olá a todos!


Convido a todos os interessados em Autismo na Grande Florianópolis a participarem da reunião do Grupo de Apoio, Pesquisa e Troca de Experiências sobre Autismo e Síndrome de Asperger (AS.), que deve acontecer dia 23/10.

Maiores informações aqui no blog durante esta semana!


Grupo de Apoio, Pesquisa e Troca de Experiências sobre Autismo e Síndrome de Asperger (AS.)


Reunião aos Pais e Interessados:

Gostaria de convidá-los uma reunião, no dia 23 ou 30 de outubro de 2010 a tarde (Favor votar no dia melhor).
para falarmos:

De uma possível associação de nosso grupo;

Apresentação do ante-projeto( que já esta circulando nos emails dos participantes) para ser entregue aos próximos governantes;

Famílias que gostariam de participar do documentário sobre Autismo a ser realizado pelos alunos, dentro de um projeto de extensão da UNISUL.

E outros assuntos.

A presença dos pais é indispensável, pois é nesse momento que cada um falará das suas necessidades e idéias ; neste dia não haverá palestra, portanto a reunião será realizada na casa da Alessandra –Trindade.

Icterícia ligada ao Autismo


Notícia muito importante, que fala da ligação entre icterícia em bebês RN e autismo. O site da notícia é http://www.medscape.com/viewarticle/730949?src=emailthis

October 21, 2010 — Jaundice in full-term newborn infants is associated with an increased risk for autism and other psychological development disorders, according to a new study.

The study, which included all children born in Denmark from 1994 to 2004, found that full-term neonates exposed to jaundice had as much as an 88% increased risk of being diagnosed with a psychological development disorder compared with unexposed neonates.

"The knowledge that jaundice is associated with autism is one more clue to the puzzle towards finding its etiology," lead author Rikke Damkjaer Maimburg, MPH, PhD, from Aarhus University, in Denmark, told Medscape Medical News. "If children with autism are genetically disposed to develop autism, there might be overlaps in the etiology between autism and jaundice. If exposure to jaundice can give autism, then we need to look at our treatment procedures."

Their results were published online October 11 in Pediatrics.

Link With Hyperbilirubinemia

Dr. Maimburg and colleagues decided to explore the association between neonatal jaundice, autistic disorders, and other psychological development problems after noticing in an earlier study that children later diagnosed with autism were twice as likely to be admitted to neonatal intensive care units as children without autism, even after controlling for low birth weight, malformations, preterm birth, and low Apgar scores.

"I wondered why, after controlling for all the risk factors for being admitted to the neonatal ward, that this occurred. Then I found out that the most common reason for being readmitted was because of hyperbilirubinemia," Dr. Maimburg told Medscape Medical News.
Neonatal jaundice is seen in 60% of term infants and, in most cases, resolves within the first week of life. However, prolonged exposure to high bilirubin levels is neurotoxic and can cause lifelong developmental problems.

The investigators determined jaundice exposure status and diagnoses of disorders of psychological development in 733,826 children. They found that the excess risk of developing a psychological development disorder after exposure to jaundice as a neonate was between 56% (hazard ratio [HR], 1.56; 95% confidence interval [CI], 1.05 - 2.30) and 88% (HR, 1.88; 95% CI, 1.17 - 3.02).

The excess risk for infantile autism was 67% (HR, 1.67; 95% CI, 1.03 - 2.71). This risk was higher for children of parous women (HR, 2.71; 95% CI, 1.57 - 4.66) and for children born between the months of October and March (HR, 2.21; 95% CI, 1.24 - 3.94).

The risk for infantile autism disappeared if the child was conceived by a primiparous woman (HR, 0.58; 95% CI, 0.18 - 1.83) or was born between April and September (HR, 1.02; 95% CI, 0.41 - 2.50), and similar risk patterns were noted for the entire spectrum of autistic disorders.

Dr. Maimburg said that physicians should tell parents that jaundice, for the most part, is a normal condition but also advise them about ways to prevent the development of hyperbilirubinemia, and instruct them on when to contact health professionals. "I hope that this study will promote more research into jaundice and child development," she added.
Screen More Carefully

Asked to comment on this study, Susan Levy, MD, from Children's Hospital of Philadelphia, Pennsylvania, and a member of the Center for Autism Research at the hospital, said she thought it was well-done.

"The population they were using gives a unique opportunity because the population is so large, and it is also self-contained, so they can track a number of different outcomes," Dr. Levy noted. "By having such a big population, they can look at a number of factors more quickly than in a prospective study, or even a retrospective study."

Dr. Levy, who is also a member of the American Academy of Pediatrics subcommittee on autism, added: "I hope that the impact of this study will result in the addition of term babies with hyperbilirubinemia to a higher risk group of children who need to be screened more carefully."

Dr Maimburg and Dr Levy have disclosed no relevant financial relationships.
Pediatrics. Published online October 11, 2010.
Authors and Disclosures
Journalist
Fran Lowry
is a freelance writer for Medscape.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Avaliação Diagnóstica de Autismo em Florianópolis


AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE AUTISMO
E TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTO - TID

Quando se deve suspeitar de Autismo/TID?

Quando uma criança (a partir de 1 ano e 6 meses de idade) apresenta dificuldades:
de interagir com outras pessoas, em especial da mesma faixa etária,
de se comunicar pela linguagem verbal e/ou não verbal,
no uso da imaginação e jogos de faz-de-conta, ocasionando em comportamento restrito e estereotipado.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de autismo/TID é um processo que envolve avaliações de habilidades presentes na criança bem como áreas que se encontram defasadas.
Quando há suspeita de Autismo/TID, um ou mais profissionais capacitados avaliam principalmente: socialização, comunicação e comportamentos estereotipado/uso da imaginação, já que são nestas áreas que crianças com Autismo/TID costumam apresentar defasagens, e que quando contempladas fornecem o diagnóstico.
O Autismo/TID não possui marcador biológico, portanto, são necessárias algumas avaliações para que seja fornecido um diagnóstico preciso.

Diagnóstico e Encaminhamentos
A vantagem do diagnóstico precoce é este estar diretamente ligado à intervenção. Isto quer dizer que é partir do diagnóstico que a criança com Autismo/TID será encaminhada aos atendimentos clínicos e educacionais necessários.
Existem diversos métodos psicoeducacionais para o tratamento da pessoa com Autismo/TID, todos visam à estimulação precoce, ocasionando bom prognóstico.

A Neurovital oferece atendimento ABA – Análise do Comportamento Aplicada, que é um dos métodos mais utilizados nos Estados Unidos e Reino Unido. O atendimento ABA tem dois objetivos principais: o desenvolvimento de novas habilidades (sociais, de comunicação, pedagógicas, vida diária e motoras) e a diminuição de comportamentos considerados inapropriados.

Gisele W. Tridapalli
Psicóloga
CRP-12/03942

Clínica Neurovital



Pessoal, eu atendo na Clínica Neurovial que fica no bairro Santa Mônica em Florianópolis. Na clínica temos muitos pacientes no Espectro Autista, e a equipe é interdisciplinar.

Quem quiser conhecer o espaço será bem vindo! O telefone é: (48) 3334-0500

Blog legal!

Blog bem interessante sobre autismo:

http://autismovivenciasautisticas.blogspot.com/

Estimulação cerebral e Autismo

Tratamento usa estimulação cerebral por corrente para autismo e vício

Indolor e não invasiva, a técnica é cada vez mais utilizada em pesquisas que tentam desvendar o funcionamento da mente humana

Silvia Pacheco
Publicação: 21/09/2010 08:00 Atualização: 21/09/2010 09:33

O botão gira e a corrente elétrica corre, atravessando o cérebro. Na cabeça do paciente, porém, apenas cócegas, nada mais. Diferentemente dos temíveis eletrochoques utilizados décadas atrás pela psiquiatria, a estimulação cerebral por corrente elétrica contínua (tDCS, na sigla em inglês) é indolor e nada invasiva, e torna-se cada vez mais comum em laboratórios do mundo que pesquisam o funcionamento do cérebro. E estudos conduzidos por brasileiros apontam que a técnica é capaz de ajudar na elaboração de tratamentos de vícios e na melhor compreensão do autismo (1).

Entre outras consequências, o autismo faz com que o indivíduo tenha dificuldade de julgar o estado emocional das pessoas. “Alguém saudável consegue saber, pela análise das expressões faciais, se o outro está triste, alegre etc. Com o autismo, isso é alterado”, explica o neurocientista Paulo Boggio, chefe do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em um estudo feito em parceria com o neurocientista da Escola de Medicina de Harvard Felipe Fregni, Boggio achou fortes indícios de que essa incapacidade dos autistas está relacionada a uma região do cérebro chamada lobo temporal.

Para chegar a essa conclusão, a dupla utilizou a tDCS em voluntários sem qualquer patologia neurológica ou psicossocial. Os participantes do estudo tinham o lobo temporal estimulado eletricamente enquanto precisavam fazer um reconhecimento de expressões faciais mostradas na tela de um computador. “Observamos que homens estimulados nessa região diminuíram o desempenho, ficaram piores no julgamento das expressões. E as mulheres melhoraram”, conta Boggio. “É como se tivéssemos simulado um comportamento autista”, complementa Fregni. O autismo, é preciso lembrar, afeta com muito mais frequência homens que mulheres.

A descoberta animou os dois pesquisadores, que estudam formas de, por meio do estímulo por corrente contínua, ajudar pessoas que sofrem com o transtorno. “Uma vez que conseguimos interferir no desempenho de voluntários saudáveis, será que conseguimos interferir em pessoas autistas? Essa é uma meta bem ambiciosa que estamos investigando”, diz Boggio.

As primeiras descrições sobre a TDCS datam de 1831. Porém sua utilização foi deixada de lado porque os pesquisadores não conseguiam saber se ela surtia o efeito desejado. No fim dos anos 1990, com o desenvolvimento da tecnologia de neuroimagem, que permite aos cientistas observarem a reação do cérebro sob os mais variados estímulos, as investigações sobre a técnica foram retomadas.

Boggio explica que a tDCS pode ser usada para aumentar ou inibir a atividade cerebral. “Posso estimular uma determinada região para o desempenho de uma tarefa de memória ou modular essa estrutura, facilitando ou piorando seu desempenho”, diz. “Com isso, aumentamos a possibilidade de entender o efeito no comportamento da pessoa e no sistema nervoso”, completa.


O especialista explica que a técnica é utilizada de duas maneiras: em pesquisas de ciência básica e aplicada. Na primeira, o neurocientista busca entender a relação de uma estrutura do cérebro com determinada função. Estudos podem, por exemplo, avaliar que efeitos surgem na capacidade visual das pessoas quando elas têm o córtex occipital estimulado. Na ciência aplicada, por sua vez, a tDCS é usada como ferramenta de reabilitação. Por exemplo, para ajudar pacientes que tenham sofrido alguma lesão e perdido uma função motora.

“A discussão hoje é como reorganizar a atividade cerebral, de maneira que seja duradoura. Isso no caso das patologias neurológicas. No caso da parte cognitiva, a ideia e conhecer a relação entre cérebro e comportamento. Por isso, a tDCS pode ser utilizada tanto para diagnosticar patologias neurológicas como neuropsiquiátricas”, diz Boggio.

Uma linha de pesquisa muito promissora diz respeito ao processo de tomada de decisão. Em testes de laboratório, voluntários participam de um exercício no qual recebem uma oferta e precisam escolher que tipo de investimento gostariam de fazer em cada proposta que recebem. As ofertas incluem maiores ou menores riscos.

Nesse exame, os pesquisadores conseguiram identificar que, dependendo das estruturas estimuladas no cérebro, consegue-se aumentar ou diminuir o grau de risco assumido pelas pessoas. Os cientistas também demonstraram que a tomada de decisão é diferente em função da idade. Dependendo da idade do participante, a estimulação pode aumentar o grau de risco ou de cautela.Ao terem o córtex pré-frontal direito estimulado, os voluntários jovens se mostraram mais conservadores, enquanto os participantes acima de 60 anos pareciam dispostos a se arriscarem mais. “Levando isso para a vida prática, vemos aí a quantidade de idosos que frequentam bingos ou de indivíduos que acabam caindo em golpes”, exemplifica Boggio.Nesse sentido, as pesquisas podem ajudar no combate a diferentes tipos de vício. De acordo com o cientista, por trás do uso de drogas, da compulsão alimentar e de patologias relacionadas a algum vício existe o mecanismo decisório, que coloca uma série de variáveis subjetivas em julgamento. Boggio relata que ao estimular o córtex pré-frontal direito em pessoas que sofrem de alcoolismo, os resultados foram muito positivos. “Conseguimos diminuir a fissura (vontade de consumir álcool) com a tDCS. Porém vale ressaltar que foi usada apenas uma sessão”, atesta.

Boggio destaca que o uso da tDCS demonstrou a importância dessa estrutura cerebral no controle de busca para uma determinada substância. “O que fizemos foi abrir uma porta para novos estudos, que vão investigar os efeitos a longo prazo. Por enquanto, a técnica se mostra apenas uma promessa”, lembra.

1 - Dificuldade de interação
O autismo é uma alteração que afeta a capacidade de comunicação, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela não tem interesse nas brincadeiras ou simplesmente “vive em seu mundo”, mas porque ela tem dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa. O autismo é de duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas e não permite o desenvolvimento das relações sociais normais. Os sinais da desordem normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos 3 anos. Sua causa ainda não é conhecida.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Revista Autismo

Olá pessoal,

Recebi por e-mail a notícia de que serálançada uma revista sobre Autismo. Parabéns a todos os que estão se movimentando para que isto aconteça!

Divulgo o e-mail abaixo:


Amigos,
Peço a todos que ajudem na divulgação. Podem copiar o texto abaixo e publiquem, por favor, em seus blogs.
A notícia deverá ajudar muitas famílias afetadas pelo autismo, principalmente às que não têm acessou (ou habilidade) com a internet. E para fazer com que a informação chegue a mais gente, um grupo de pais e profissionais resolveu fazer uma revista sobre autismo, com trabalho 100% voluntário. A impressão da edição de lançamento (a revista número zero) foi doada por um pai de autista, de Santa Catarina, que tem um gráfica. Para as demais edições vamos tentar patrocínio de duas ou três grandes empresas (se você tiver um bom contato com alguma, avise-me por favor!), e se não conseguirmos, tentaremos vender publicidade e manter a revista dessa forma.
Como sou jornalista, fui convidado a ser o editor-chefe da publicação. E topei imediatamente (e comprometi muitas madrugadas minhas por isso... hehehe).
A revista terá circulação nacional e distribuição gratuita. Também haverá uma versão eletrônica que servirá aos demais países de língua portuguesa.
O site da revista, http://revistaautismo.com.br , está em construção e terá muito material extra para se acessado e compartilhado.
Será a primeira revista exclusivamente sobre autismo em toda a América Latina e a única em língua portuguesa, no mundo.
Ah, também já criamos o Twitter @RevistaAutismo (sigam-nos os bons!).
Ajudem a divulgar, por favor.
Desde já, lhes agradeço pelo apoio,

Paiva Junior
Pai do Giovani, 3a3m, atualmente ESTÁ no espectro autista;
e pai da Samanta, 1a3m, com desenvolvimento típico.
ATIBAIA - SP

Ressonância cerebral pode identificar autismo

Notícia importante que foi divulgada semana passada...



Ressonância cerebral pode identificar autismo, diz estudo

10/08/2010 20h40 - Atualizado em 10/08/2010 20h40
Reuters

Por Ben Hirschler

LONDRES (Reuters) - Uma ressonância magnética feita em 15 minutos no futuro poderá ser usada para o diagnóstico mais fácil e barato do autismo, disseram cientistas britânicos na terça-feira.

Eles afirmaram que o teste rápido teve índice de acerto superior a 90 por cento em adultos, e que não há razão para crer que não funcione tão bem quanto em crianças.

Atualmente, o diagnóstico é feito em entrevistas e observações comportamentais que podem ser demoradas e emocionalmente desgastantes.

O autismo é um distúrbio cerebral complexo, caracterizado por dificuldades na comunicação e na interação social, podendo provocar um comprometimento de brando a profundo.

O novo método, que examina alterações estruturais na matéria cinzenta cerebral, pode estar pronto para uso geral dentro de dois anos. O próximo passo é testá-lo em crianças.
Declan Murphy, professor de psiquiatria do King's College, de Londres, disse em entrevista que o novo método permitirá um tratamento mais imediato dos pacientes, especialmente em crianças. Em alguns casos, a terapia cognitivo-comportamental e tratamentos educacionais podem ser altamente eficazes contra o transtorno.

Murphy e seus colegas, que divulgaram a descoberta na publicação Journal of Neuroscience, estudaram 20 adultos saudáveis e 20 outros com diagnostico prévio de distúrbios do espectro do autismo, o que inclui também a síndrome de Asperger.

O índice de acerto foi considerado altamente significativo, mesmo em se tratando de uma amostra tão pequena.

O exame analisa variações na forma e na estrutura de regiões cerebrais ligadas à linguagem e ao comportamento social, usando máquinas comuns de ressonância magnética por imagens.

Como o exame é muito mais rápido, acaba custando cerca de 5 por cento do valor de exames tradicionais, que podem exigir quatro a oito horas do trabalho de vários médicos. Uma ressonância cerebral custa cerca de 150 dólares.

O autismo e os transtornos correlatos são diagnosticados em cerca de 1 por cento da população da Grã-Bretanha e Estados Unidos, e afeta igualmente meninos e meninas. Pesquisadores concordam que há um forte componente genético.

sábado, 26 de junho de 2010

Autismo e Mutações Genéticas

Estudo liga diversas mutações genéticas, nem todas herdadas, ao autismo.

O Projeto Genoma do Autismo estudou os genes de 996 pessoas com autismo e 1.287 sem
10 de junho de 2010


REUTERS
A maior análise genética já feita no mundo em autistas e em suas famílias determinou que muitos pacientes têm um padrão único de mutações genéticas, e que não necessariamente herdado.
As descobertas, publicadas na edição desta semana da revista Nature, ajudam a confirmar o forte papel que os genes desempenham no autismo, e sugere que os pequenos defeitos genéticos podem começar nos óvulos e esperma dos pais.
"Nossa pesquisa sugere fortemente que esse tipo de variação genética rara é importante e responde por uma porção significativa da base genética do autismo", disse Tony Monaco, do Centro Welcome Trust de Genética Humana da Universidade Oxford, que participou da chefia do estudo.
"Ao identificar as causas genéticas do autismo, esperamos ser capazes, no futuro, de melhorar o diagnóstico e o tratamento dessa condição", disse ele a jornalistas.
O Projeto Genoma do Autismo estudou os genes de 996 pessoas com autismo e 1.287 sem, todas de ancestralidade europeia.
A equipe descobriu que pessoas com autismo tendem a ter mais perdas e duplicações de blocos inteiros de DNA. Essas deleções e inserções são chamadas variantes de número de cópias, e podem interferir no funcionamento dos genes.
Pessoas com autismo têm, em média 19% mais dessas mudanças genéticas que as sem a condição. Os pesquisadores também determinaram que cada caso de autismo tem um conjunto diferente de perturbações, embora algumas afetem genes de função similar.
"Aqui é onde fica complicado. Vasa criança mostrou uma perturbação diferente em um gene diferente", disse o médico Stanley Nelson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).
Daniel Geschwind, também da UCLA, declarou que as descobertas indicam que "minúsculos erros genéticos podem ocorrer durante a formação dos óvulos e esperma dos pais", e que essas variações acabam copiadas no genoma da criança.
"A criança autista é a primeira pessoa da família a carregar a variante. Os pais não têm", disse ele.
A descoberta apoia o consenso emergente de que o autismo é causado, em parte, por "variantes raros", ou mudanças genéticas, que só aparecem em menos de 1% da população.
Embora cada variante só responda por uma pequena parcela dos casos de autismo, juntas elas começam a dar conta de uma grande porcentagem.

Tópicos: Autismo, Genética, Nature, Vida &, Ciência

Fonte: O Estado de São Paulo
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estudo-liga-diversas-mutacoes-geneticas-nem-todas-herdadas-ao-autismo,564513,0.htm

Materiais Adaptados

Olá pessoal,

Para trabalharmos com Autismo precisamos de muuuuuitos materiais! Eu costumo trabalhar com os interesses da pessoa com Autismo/TID.

No site do Universo Autista tem uma parte sobre materiais adaptados para quem usa ABA, TEACCH, PECS, etc...

O link é: http://www.universoautista.com.br/autismo/modules/multiMenu/

Beijão!

Olá a todos!


Acontece em Santa Maria - RS o I Seminário Transdisciplinar Sobre Autismo e Educação, que pode ser presencial ou à distância.


Segue o folder do evento ao lado. O site do eveto é: http://w3.ufsm.br/autismo/


Um abraço!


terça-feira, 20 de abril de 2010

Alterações Sensoriais e TID

Na minha prática atendendo crianças com TID eu percebo que a grande maioria delas tem alterações sensoriais. Entretanto, percebo que no Brasil pouco é falado sobre este tema. Em geral conhecemos as abordagens pedagógicas e psicológicas para trabalhar com esta demanda.

Achei um blog muito legal sobre o método DIR/Floortime, que fala justamente sobre as alterações sensoriais que pessoas com TID apresentam.

http://autismoeasnovasintervencoes.blogspot.com/

Autismo em família


A notícia abaixo não é super atual, mas acho que continua válida! Vários estudos demonstram que há aspectos genéticos fortes no desenvolvimento do autismo, portanto as famílias que têm pessoas diagnosticadas com autismo devem ficar atentas!


Autismo em família


Segundo estudo, irmãos mais novos de crianças autistas têm maior risco de sofrer déficit verbal, cognitivo e motor.


Irmãos mais novos de crianças autistas têm maior risco de sofrer déficit verbal, cognitivo e motor nos primeiros anos de vida, segundo estudo publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders. A maior parte desses problemas foi observada entre 14 meses e 4 anos e meio de vida. “Por volta dos 5 anos, a maioria das crianças conseguiu recuperar o atraso e se equiparar, exceto por alguns pequenos atrasos de linguagem, àquelas de mesma idade cujos irmãos tiveram desenvolvimento normal”, diz a neurologista Nurit Yirmiya, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Ela avaliou 39 crianças israelenses com irmãos diagnosticados com distúrbios autísticos e um grupo de controle de tamanho equivalente. Todos os participantes foram examinados aos 4, 14, 24, 36 e 54 meses. As razões para o fenômeno, explica a médica, são de caráter genético. “Os irmãos tendem a herdar parte dos genes responsáveis pelo autismo que causam sintomas mais leves mas não chegam a caracterizar o distúrbio.”


Revista Mente e Cérebro, 10 de maio de 2007.

Discovery Home and Health

Dia 25 de abril, às 23 horas o Discovery Home and Health vai passar um programa especial sobre Autismo.

Vamos assistir?

XVI Encontro de Amigos pelo Autismo

Olá!

Acontece nos dias 15 e 16 de julho o XVI Encontro de Amigos pelo Autismo, neste ano com o tema Autismo e Envelhecimento.

Acho o tema muito pertinente, porque na maioria das vezes vezes pensamos na intervenção precoce, mas os autistas e demais TIDs também crescem!!! O tempo passa para todo mundo!

O programa do encontro você pode ver no site da AMA SP:

http://www.ama.org.br/public/listaCursos.php?codCurso=43

Local: Auditório do Hospital Cruz Azul
Rua Lins de Vasconcelos, 356, Vila Mariana
São Paulo - SP

Um abraço!!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Livro interessante


Um livro que eu uso muito na minha prática profissional é "Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger", de Chris Williams e Barry Wright, 2008.

É quase um guia, pois os autores trazem muito a parte prática da abordagem comportamental.
O livro aborda diversos temas, entre eles os chamados problemas de comportamento de uma forma bastante clara e pontual.

Eu recomendo!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Especialista esclarece dúvidas sobre autismo

David Amaral, 57 anos, é especialista em autismo. Licenciado em Neurociência, o estudo do cérebro. Diretor de pesquisa e professor de Psiquiatria e Ciências do Comportamento na UC Davis, Califórnia. Fundador do MIND, único centro no mundo dedicado à pesquisa do autismo.

Confira a entrevista em:

http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI1638432-EI1497,00-Especialista+esclarece+duvidas+sobre+autismo.html

quarta-feira, 17 de março de 2010

Mudanças nos critérios diagnósticos de TID

Oi pessoal,

Minha grande paixão é avaliação diagnóstica de TID, e no site do NAS surgiu uma notícia importante!

Dêem uma olhada!!!

The American Psychiatric Association (APA) is revising its influential diagnostic manual, known as the Diagnostic and Statistical Manual (DSM), and is proposing some changes to the way diagnoses will be given to people on the autism spectrum.

The DSM manual contains one of the two main international sets of diagnostic criteria for autism spectrum disorders, including Asperger syndrome.

Here are some of the main proposals made by the APA.


  • Instead of using particular terms like Asperger syndrome, PDD-NOS and Childhood Disintegrative Disorder, it is suggested that when people go for a diagnosis in the future they would be given a diagnosis of "autism spectrum disorder".
  • The emphasis during diagnosis will change from giving a name to the condition to identifying all the needs that the person has and how they affect that person's life.
  • Sensory behaviours will be included in the criteria for the first time.
The new Manual will be published in 2013.

http://www.nas.org.uk/nas/jsp/polopoly.jsp?d=253&a=21361

Acho que a proposta é válida, porque a tendência atual é dar um diagnóstico geral de TEA - Transtornos do Espectro do Autismo, e não em saber de qual deles exatamente se trata, já que os encaminhamentos são praticamente iguais...

Mas daí certamente o nível de funcionalidade vai ter que ser avaliado...

O que vocês acham?

terça-feira, 16 de março de 2010

Cursos

Olá!

É sempre bom lembrar que no nosso país existe muita coisa de qualidade acontecendo!

Vou colocar o site da AMA de São Paulo, lá eles oferecem vários cursos ótimos!

http://www.ama.org.br/public/listaCursos.php?tipoCurso=1

Eu já fiz 2 cursos com eles, Método TEACCH e ABA, e recomendo!

Um abraço,

Gisele.

Vacinas e Autismo

Olá a todos!

Coloquei um post sobre Vacinas e Autismo.

Quero complementar esse assunto colocando o link pra uma reportagem do Estadão que fala o seguinte:

Lancet faz retratação de estudo ligando vacina a autismo
Revista já havia manifestado arrependimento pela publicação do trabalho de Andrew Wakefield, em 1998


Segue a reportagem no link:

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,lancet-faz-retratacao-de-estudo-ligando-vacina-a-autismo,505181,0.htm

Avaliação de intervenções

Para dar continuidade ao assunto "Intervenções no Autismo", vou colocar o link do Research Autism, que lista diversos tratamentos e coloca um ranking de avaliação, ou seja, se determinado método tem bons resultados, resultados negativos ou inconclusivos.

Quem recomenda sempre olhar este site é o consagrado Professor Simon Baron-Cohen, em seu livro "Autism and Asperger Syndrome", Oxford University Press, 2008, que eu também recomendo por ter uma visão muito atual sobre Autismo e SA.

http://www.researchautism.net/interventionlist.ikml

Gisele.

Autismo: interenções psicoeducacionais

Estou aqui para recomendar um excelente artigo da Dra. Cleonice Bosa, grande pesquisadora na área de Autismo e TID.

O artigo é ótimo para profissionais e familiares, já que fala das abordagens psicoeducacionais mais utlizadas, tais como PECS, TEACCH e ABA.

O final do artigo é genial, acho que a Dra. Cleonice consegue expressar muito bem (...) "que não existe uma metodologia melhor que a outra, mas que uma intervenção específica que pode ter um bom resultado em certo período de tempo (e.g. anos pré-escolares) pode apresentar eficácia diferente nos anos seguintes (e.g. adolescência). Isso ocorre, em parte, porque as famílias alteram suas expectativas e valores com relação ao tratamento das crianças de acordo com o desenvolvimento delas e do contexto familiar. Por outro lado, um ponto de consenso na literatura é a importância da identificação e intervenção precoce do autismo e seu relacionamento com o desenvolvimento subseqüente".

Certamente é um dos meus textos preferidos!

O link é: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v28s1/a07v28s1.pdf

Um abraço, Gisele.

Vacinas e Autismo

A maior parte dos pais acredita que as vacinas protegem suas crianças contra doenças, mas 25% deles acreditam que certas vacinas podem causar autismo em crianças saudáveis, e cerca de 12% recusaram ministrar a seus filhos pelo menos uma vacina recomendada pelos médicos, de acordo com um novo estudo.

A vacina com maior probabilidade de rejeição pelos pais era a que combate o vírus de papiloma humana, ou HPV, que serve para proteger contra o câncer de colo de útero, de acordo com o relatório. O estudo se baseia em questionários apresentados a mais de 1,5 mil pais de crianças com 17 ou menos anos de idade. Muitos pais também rejeitam a vacina contra a catapora, a vacina meningocóccica conjugada contra a meningite bacteriana e, em menor dimensão, a vacina tríplice, que protege contra caxumba, sarampo e rubeola.

No mês passado, o jornal médico britânico Lancet decidiu retirar um estudo publicado em 1998, o primeiro a vincular a vacina tríplice a casos de autismo e a disparar alarmes generalizados quanto à segurança das vacinas.

"Nós ficamos preocupados ao constatar que 25% dos pais acreditam erroneamente que as vacinas podem causar autismo em crianças de outra forma saudáveis", disse o Dr. Gary Freed, professor de pediatria na Universidade do Michigan e diretor científico do novo estudo, publicado na edição online da revista Pediatrics em 1° de março. "Felizmente, eles ainda assim vêm optando por maioria esmagadora pela aplicação de vacinas em seus filhos".

Cerca de 90% dos pais concordaram em as vacinas protegiam as crianças contra doenças, mas mais de 50% dos entrevistados se declararam preocupados com a possibilidade de que tenham sérios efeitos colaterais.

Tradução: Paulo Migliacci ME

Link: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4314711-EI8147,00-Estudo+dos+pais+acham+que+vacinas+causam+autismo+nos+filhos.html

Fonte: The New York Times

Teste genético para autismo

Nuevo test genético detecta mejor el autismo: estudio EEUU

http://lta.reuters.com/article/worldNews/idLTASIE62E0U620100315?sp=true

sexta-feira, 5 de março de 2010

Site sobre Síndrome de Asperger

Oi pessoal,

Para quem quer material de qualidade sobre Síndrome de Asperger em português, sugiro entrar no site da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger, a APSA.
Tem vários artigos interessantes, materiais para dowload, indicações de livros e vídeos sobre a SA.
O site é:

http://75.125.62.13/~apsa/

Why get a diagnosis?

If you think you or a member of your family may have autism, the information in this section will help you decide whether to get a diagnosis. We'll also explain what happens before, during and after your diagnosis.

Some people with autism or Asperger syndrome never obtain a diagnosis and still manage to live full and capable lives. However, most people who get a diagnosis find it
beneficial.
A diagnosis can:

bring a sense of relief (both for you and your family),
give you access to services you would otherwise not be entitled to or aware of ,
give you a better understanding of how to deal with any difficulties you may have
give your family access to a range of financial help,
inform you about a range of therapies which may help you to cope and learn.

You can get a diagnosis at any age, without it affecting the benefits you receive after getting the diagnosis.

Coping with a diagnosis


Getting a diagnosis of autism or Asperger syndrome may make you (and those close to you) feel confused, upset, angry and even guilty. It will affect every member of your family in different ways and it is important to acknowledge that they may also need information, help and support.
Equally, many people and their families are pleased to get a diagnosis as it helps to explain why the person has experienced certain difficulties throughout their life.

Fonte: http://www.nas.org.uk/nas/jsp/polopoly.jsp?d=1031

I Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo

É com muita satisfação que a Associação Brasileira de Neurologia, Psiquiatria Infantil e Profissões Afins (Abenepi-RS), juntamente com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), através de cinco dos seus Programas de Pós-Graduação, além do Programa para Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (ProTID – UFRGS) anunciam o I Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo (EBPA-2010), a ser realizado entre os dias 22 e 24 de abril de 2010.
Local: Anfiteatro Carlos Cesar Albuquerque
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Ramiro Barcelos, 2.350 Bairro Santa CecíliaPorto Alegre / RS
CEP: 90035-903 PABX: (51) 3359 8000 FAX: (51) 3359 8001

http://www6.ufrgs.br/ebpa2010/#home

Autismo


O autismo faz parte de um grupo de transtornos chamados Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID). Nele incluem-se o Transtorno de Asperger, Transtorno de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância e Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (TID – SOE).

De acordo com Gillberg (1990, apud Schwartzman, 1995), o autismo é considerado uma síndrome comportamental, com etiologias e curso de um distúrbio de desenvolvimento, caracterizado por um déficit social visualizado pela inabilidade em relacionar-se com o outro, usualmente combinado com déficit de linguagem e alterações de comportamento.

Atualmente fala-se em Transtornos do Espectro Autista (TEA), pois compreende-se que esta não é uma condição “tudo ou nada”, mas sim um continuum que vai do grau leve ao severo.
Sua prevalência na população é de 1 para cada 500 nascimentos (Autism Society of America, 1999). É quatro vezes mais comum no sexo masculino e seu início é sempre anterior aos 3 anos de idade.

Quando falamos em autismo, estamos invariavelmente falando da tríade de comprometimentos (conhecida também como a tríade de Wing): na comunicação, socialização e comportamento.

Existem vários programas e métodos para se trabalhar com pessoas com autismo. Os pais, ao optarem por determinada intervenção, precisam saber que não há um tratamento específico que seja capaz de curar o autismo, e que diferentes abordagens podem trazer resultados distintos dependendo da criança e seu contexto. Neste sentido, o que traz benefícios para determinada criança pode não trazer bons resultados para outra. Por outro lado, pode-se dizer que crianças com autismo continuarão a demonstrar progressos no desenvolvimento, muito se pode fazer para ajudá-las.