quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Problemas de comportamento em pessoas com Autismo e Síndrome de Asperger

É muito comum que crianças e adolescentes com Autismo e Síndrome de Asperger apresentem alguns problemas de comportamento. 

Os problemas de comportamento mais comuns são: crises de birra, auto e heteroagressividade, baixa tolerância à frustração, sexualidade inadequada, restrição alimentar, etc...

O fato de tais comportamentos aconteceram não significa que a criança ou o adolescente em questão tenha baixa nível funcional, já que os "Aspies" podem também apresentar essas mesmas dificuldades.

Como eu trabalho com ABA, pensei em colocar aqui algumas estratégias baseadas em ABA para que pais e profissionais da área sintam-se mais preparados para lidar com estes comportamentos. A idéia é fornecer alguns subsídios para que haja uma diminuição dos comportamentos considerados inadequados.

Quando se pensa em modificar comportamentos, deve-se primeiro entender a função do comportamento. Ou seja, de nada adianta ignorar uma crise de choro se a criança não está fazendo isto para chamar atenção.



Então quando pretendemos alterar um comportamento problema, devemos estar atentos às motivações do mesmo. Geralmente os problemas de comportamento acontecem devido a 4 fatores:

1) Busca de atenção;
2) Fuga de demanda;
3) Reforço automático posivito (auto-estimulatórios);
4) Reforço automático negativo (lidar com situações negativas).

Portanto, a primeira coisa a fazer é ter certeza da motivação daquele comportamento!!!

Hoje vou falar do que fazer quando descobrimos que o comportamento problema surge por busca de atenção e fuda de demanda.

Exemplo A: Bia está em sala de aula com seus colegas e professora. A professora pega um dos colegas no colo. Bia joga-se no chão. 

Função do comportamento: busca de atenção.

Entretanto, para chegar a esta conclusão, precisamos investigar com cuidado o contexto, anotando por mais ou menos 1 semana o que acontece imediatamente antes do comportamento, e imediatamente depois!!!

Se concluirmos que o comportamento problema acontece por busca de atenção, podemos utilizar as seguintes estratégias:


*Modificação dos Antecedentes:
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  • Ensinar a pedir atenção adequadamente, 
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  • Dar atenção em momentos em que a criança apresentar comportamento apropriado (podemos usar Reforço positivo nestes momentos), 
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*Modificação das Conseqüências:
  • Prestar o mínimo de atenção possível, 
  • Ignorar se for o caso, 
  • Uso do Time Out.
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Exemplo B: a professora de Marcelo lhe pede que pegue um jogo no armário para montá-lo. Marcelo se joga no chão. 


Função do comportamento: fuga de demanda .


*Exemplo de estratégias:

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*Modificação das Conseqüências:
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  • Fazer com que a criança cumpra a demanda (usar ajuda física se necessário), 
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  • Se a demanda for excessiva, trocar por outra que a criança tenha menos dificuldade, 
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  • Oferecer reforço positivo (usar um reforço mais "fraco") quando fizer a atividade, 
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  • Tentar dar o mínimo de atenção possível, 
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  • Uso do Time Out.

Bom, resumidamente é isto.


Claro que existem inúmeras situações que não posso colocar aqui, e toda regra tem exceção.       

Volto a recomendar o livro: Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger, de Chris Williams e Barry Wright. O livro é bem completo e explica detalhadamente os problemas de comportamento e como modifícá-los para que a criança otimize seu desenvolvimento, melhorando sua qualidade de vida.



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segunda-feira, 4 de julho de 2011

ABA e Autismo


Olá!

Quando os pais recebem o diagnóstico de Autismo ou TID de seu filho, passam por momentos de dúvidas e incertezas. É normal que sintam-se "perdidos" e desorientados.

Eu costumo indicar leituras para que os pais comecem a se familiarizar com este mundo chamado "Autismo".

Sabemos que quanto antes o diagnóstico, melhores são as chances da criança desenvolver suas potencialidades, já que inicia-se logo o tratamento.

No Brasil existem alumas opções de tratamento. A abordagem que eu utilizo é ABA, ou Análise do Comportamento Aplicada, que vem da Psicologia Comportamental. É uma das abordagens mais utilizadas no mundo todo, sendo bastante comum nos Estados Unidos.

ABA tem se mostrado ser muito eficaz nos casos de Autismo, já que esta abordagem permite o ensino de novas habilidades (sociais, comunicativas, de brincar, pedagógicas e motoras), bem como a diminuição ou eliminação de comportamentos considerados problemáticos (auto e hetero agressividades, estereotipias motoras, crises de birra, etc..).

Aos poucos está se tornando mais conhecida do público, mas em Florianópolis desconheço outra terapeuta que utilize ABA também.

Tem um texto resumido muito bom da psicóloga Sabrina Helena Bandini Ribeiro, que saiu na Revista Autismo de setembro de 2010.

Vou colocá-lo aqui, pois acho que dá pra entender bem a proposta do ABA.

Podem mandar e-mail com dúvidas: gitrida@yahoo.com.br

ABA: uma intervenção comportamental eficaz em casos de Autismo.

O autismo é uma condição crônica, caracterizado pela presença de importantes prejuízos em áreas do desenvolvimento, por esta razão o tratamento deve ser contínuo e envolver uma equipe multidisciplinar (Schwartzman, 2003).

A eficácia de um tratamento depende da experiência e do conhecimento dos profissionais sobre o autismo e, principalmente, de sua habilidade de trabalhar em equipe e com a família (Bosa, 2006).

Existem vários tipos de tratamento que podem ser usados para ajudar uma criança com autismo. Independente da linha escolhida, a maioria dos especialistas ressalta que: o tratamento deve começar o mais cedo possível; as terapias devem ser adaptadas às necessidades específicas de cada criança e a eficácia do tratamento deve ser medida com os avanços da criança.

Sabe-se que uma boa intervenção consegue reduzir comportamentos inadequados e minimizar os prejuízos nas áreas do desenvolvimento. Os tratamentos visam tornar os indivíduos mais independentes em todas as suas áreas de atuação, favorecendo uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com autismo e suas famílias.

Neste artigo tentarei explicar ao leitor um pouco sobre a metodologia ABA, que é usada como um método de intervenção comportamental no tratamento dos sintomas do autismo.

A análise do comportamento aplicada, ou ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês) é uma abordagem da psicologia que é usada para a compreensão do comportamento e vem sendo amplamente utilizada no atendimento a pessoas com desenvolvimento atípico, como os transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs). ABA vem do behaviorismo e observa, analisa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem (Lear, K., 2004)

As origens experimentais da terapia comportamental trouxeram algumas vantagens importantes ao clínico: ele foi treinado na observação de comportamentos verbais e não verbais, seja em casa, na escola e/ou no próprio consultório, o que é fonte de dados relevantes. Ele estuda o papel que o ambiente desempenha – ambiente este onde é possível interferir e verificar as hipóteses levantadas. Outra habilidade é o entendimento do que é observado como um processo comportamental, com contínuas interações e, portanto, sujeito a mudanças (Windholz, 2002).

As técnicas de modificação comportamental têm se mostrado bastante eficazes no tratamento, principalmente em casos mais graves de autismo. Para o analista do comportamento ser terapeuta significa atuar como educador, uma vez que o tratamento envolve um processo abrangente e estruturado de ensino-aprendizagem ou reaprendizagem (Windholz, 1995).

Um dos princípios básicos da ABA é que um comportamento é qualquer ação que pode ser observada e contada, com uma freqüência e duração, e que este comportamento pode ser explicado pela identificação dos antecedentes e de suas consequências. É a identificação das relações entre os eventos ambientais e as ações do organismo. Para estabelecer estas relações devemos especificar a ocasião em que a resposta ocorre, a própria resposta e as conseqüências reforçadoras (Meyer, S.B., 2003).

Estes comportamentos são motivados, de forma prazerosa. Eles têm uma função: servem para conseguir algo que se deseja.

Sabemos que todos os comportamentos de um modo geral são aprendidos, bem como os comportamentos problemas. Isso não significa que alguém intencionalmente nos ensinou a exibir este tipo de comportamento problema, apenas que aprendemos que eles são eficazes para conseguirmos o que queremos.

O método ABA pode intencionalmente ensinar a criança a exibir comportamentos mais adequados no lugar dos comportamentos problemas.

Comportamentos estão relacionados a eventos ou estímulos que os precedem (antecedentes) e a sua probabilidade de ocorrência futura está relacionada às conseqüências que os seguem.

Todo comportamento é modificado através de suas conseqüências (Moreira e Medeiros, 2007). Tentamos fazer coisas e se elas funcionam faremos novamente; quando nossas ações não funcionam é menos provável que as realizemos novamente no futuro.

Os objetivos da intervenção são:

1. Trabalhar os déficits, identificando os comportamentos que a criança tem dificuldades ou até inabilidades e que prejudicam sua vida e suas aprendizagens.

2. Diminuir a freqüência e intensidade de comportamentos de birra ou indesejáveis, como, por exemplo: agressividade, estereotipias e outros que dificultam o convívio social e aprendizagem deste indivíduo.

3. Promover o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicativas, adaptativas, cognitivas, acadêmicas etc.

4. Promover comportamentos socialmente desejáveis

A intervenção é baseada em uma análise funcional, ou seja, análise da função do comportamento determinante, para eliminar comportamentos socialmente indesejáveis. Este é um ponto central para entendermos qual é o propósito do comportamento problema que a criança está apresentando e, com isso, montarmos a intervenção para modificá-lo. Se o comportamento é influenciado por suas consequências, podemos manipulá-las para entendermos melhor como essa sequência se dá e também modificar os comportamentos das pessoas, programando conseqüências especiais para tal (Moreira e Medeiros, 2007).

O primeiro passo para se resolver um comportamento problema é identificar a sua função. Se não soubermos por que uma criança deve se engajar em um comportamento adequado (qual a função ou propósito), será difícil saber como devemos ensiná-la.

Pais, terapeutas e professores tendem a imaginar ou achar um motivo para o comportamento e isso incorrerá no insucesso da intervenção. A avaliação comportamental é a fase da descoberta, e visa à identificação e o entendimento de alguns aspectos relativos à criança com autismo e seu ambiente. Alguns dos objetivos da avaliação são:

  • Entender o repertório de comunicação da criança: presença ou não de linguagem funcional, contato visual, atendimento de ordens, entre outros;
  • Como ela se relaciona em seu ambiente: brinquedos preferidos, apresenta birras frequentes, como reage às pessoas;
  • Qual a função de seus comportamentos;
  • Em que circunstâncias certos problemas ocorrem ou deixam de ocorrer com maior freqüência ou intensidade?
  • Quais as conseqüências fornecidas a esses comportamentos problema?

Com base nestas informações, o segundo passo é traçar pequenos objetivos a curto prazo, visando à ampliação de habilidades e eliminação de comportamentos inadequados, realizando a manipulação dos antecedentes (estratégias de prevenção).

É importante que a modificação de comportamentos desafiadores seja feita gradualmente, sendo a redução da ansiedade e do sofrimento o objetivo principal. Isto é feito pelo estabelecimento de regras claras e consistentes (quando o comportamento não é admitido ou permitido); uma modificação gradativa; identificação de funções subjacentes, tais como ansiedade ou incerteza; modificações ambientais (mudança nas atitudes ou tornar a situação mais previsível) e transformação das obsessões em atividades adaptativas (Bosa, 2006).

Modificando os antecedentes podemos prevenir que o comportamento problema aconteça.

Isto é realizado de diferentes maneiras:

1. Evitando situações ou pessoas que sirvam como antecedentes para o comportamento problema;

2. Controlando o meio ambiente – no decorrer da vida do indivíduo o ambiente modela, cria um repertório comportamental e o mantém; o ambiente ainda estabelece as ocasiões nas quais o comportamento acontece, já que este não ocorre no vácuo (Windholz, 2002).

3. Dividindo as tarefas em passos menores e mais toleráveis, o que chamamos de aprendizagem sem erro. Toda a intervenção está baseada na aprendizagem sem erros, ou seja, deixamos de lado o histórico de fracassos e ensinamos a criança a aprender.

Esta aprendizagem deve ser prazerosa e divertida para a criança, podendo-se usar reforçadores para manter a criança motivada. Um reforço é uma conseqüência que aumenta a probabilidade de esta resposta acontecer novamente. Quando um comportamento é fortalecido, é mais provável que ele ocorra no futuro.

Além do reforço, usamos a hierarquia de dicas: quando iniciamos o ensino de qualquer comportamento, ajudamos a criança a realizá-lo com a dica necessária, que pode ser verbal (total ou parcial), física, leve, gestual, visual ou auditiva – e planejamos a retirada dessa dica até que a criança seja capaz de realizar o comportamento de maneira independente.

O terceiro passo é a elaboração de programas de ensino. Os programas de ensino são individualizados, geralmente ocorrem em situação de “um para um” e envolvem as diversas áreas do desenvolvimento: acadêmica, linguagem, social, verbal, motora, de brincar, pedagógica e atividades de vida diária.

A metodologia ABA e seus procedimentos são constantes e padronizados, o que possibilita que mais de um professor (pessoa que realiza os programas) trabalhe com a criança.

Este é um programa intensivo e deve ser feito de 20 a 30 horas por semana. É importante ressaltar que este programa não é aversivo e rejeita qualquer tipo de punição.

A participação dos familiares da criança no programa é de grande contribuição para seu sucesso e assegura a generalização e manutenção de todas as habilidades aprendidas pela criança.

Sabrina Helena Bandini Ribeiro é psicóloga, trabalha com pessoas com autismo desde 1995, é mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, especialista em Assistência Psicoprofilática em Medicina Fetal, pela Universidade Federal de São Paulo, e atende em São Paulo e Atibaia (SP), além de ser professora do curso de graduação em Psicologia da FAAT (Faculdades Atibaia) e fez parte do grupo de pesquisa sobre transtornos invasivos do desenvolvimento e avaliação neuropsicológica do Laboratório de Distúrbios do Desenvolvimento, na Universidade Presbiteriana Mackenzie. E-mail: sabandini2@yahoo.com.br


Fonte: http://www.revistaautismo.com.br/edic-o-0/aba-uma-intervenc-o-comportamental-eficaz-em-casos-de-autismo




terça-feira, 21 de junho de 2011

Novo Teste para Detectar Autismo

Olá!

Acabei de ler sobre um novo checklist para tentar detectar Autismo a partir dos 12 meses de idade!!! Chama-se CSBS DP Infant-Toddler Checklist.

Cabe lembrar que o instrumento ainda não está validado no Brasil, mas acho interessante colocar aqui a tradução da reportagem e do teste (que eu mesma fiz), para os pais e profissionais da área ficarem atentos!

Segue a reportagem:

Um novo teste de rastreamento precoce de Autismo, elaborado para detectar a condição em bebês na faixa de 1 ano de idade, pode revolucionar o "olhar" às crianças autistas, dizem os experts, através de um diagnóstico e tratamento mais precoce do que o atual.

O checklist de 24 ítens leva apenas 5 minutos para completar e pode ser preenchido na sala de espera do consultório do pediatra, quando os pais levam os filhos para a rotineira consulta dos 12 meses, diz um estudo de mais de 10.000 crianças, publicado no Jornal de Pediatria (http://content.usatoday.com/topics/topic/Journal+of+Pediatrics).

O checklist, disponível online (http://firstwords.fsu.edu/pdf/checklist.pdf), pergunta aos pais e demais cuidadores sobre habilidades de comunicação, como o balbucio, primeiras palavras e contato visual. O estudo foi financiado pelo National Institutes of Health.

Médicos encaminharam crianças que "falharam" no checklist para outros testes mais específicos, e se necessário, tratamento. Pesquisadores deram seguimento até as crianças terem 3 anos de idade. O instrumento porporcionou um diagnóstico preciso em 75% dos casos.

Em média, as crianças com autismo iniciaram tratamento aos 17 meses de idade.

Este é um grande avanço, dizem os experts. Uma em casa 110 crianças tem Autismo ou Transtorno do Espectro do Autismo, afirma o Centers for Disease Control and Prevention. Atualmente, a maioria das crianças autistas não é diagnosticada até os 5 anos de idade, diz o CDC.

Crianças diagnosticadas tardiamente perdem oportunidade de começar os tratamentos enquanto seus cérebros estão se desenvolvendo e são mais fáceis de serem "moldados", afirma Geraldine Dawson, da Organização Autism Speaks, que também ajudou a financiar a pesquisa.

Terapia comportamental intensa oferece a maior esperança para ajudar crianças autistas desenvolverem linguagem e comportamento, de acordo com um recente análise da Pediatrics.

Apesar da American Society of Pediatrics recomendar o rastreamento de autismo em todas as crianças dos 18 aos 24 meses, poucos médicos o fazem, diz Dawson.

Isto pode mudar, graças ao sucesso deste estudo, diz Alison Singer, presidente da Autism Science Foundation.

Os autores do estudo avisam que o checklist não vai rastrear todos os casos de autismo, como no caso das crianças que começam a apresentar os sintomas em uma idade maior.

Mas por fácil de usar, todos os pediatras deveriam começar a utilizar o instrumento, diz Singer, que gostaria que sua filha, Jodie, de 13 anos, tivesse sido diagnosticada mais cedo.

"Nós perdemos muito tempo imaginando e esperando antes de ela ter o diagóstico aos 2 anos de idade", diz Singer. Não consigo não pensar como ela poderia estar se o diagnóstico tivesse sido feito quando ela tinha 1 aninho".

Segue agora o intrumento traduzido:

CSBS DP Infant-Toddler Checklist

A maioria das perguntas devem ser respondidas com uma das 3 opções:

  • Ainda não,
  • Às vezes,
  • Freqüentemente.

Emoção e Olhar:

1. Você sabe quando seu filho está feliz e quando está chateado?
2. Quando seu filho/a brinca com brinquedos, ele/a, o olha para ver se você o está observando?
3. Seu filho/a sorri quando olha para você?
4. Quando você olha e aponta para um brinquedo, seu filho o olha também?

Comunicação:

5. Seu filho/a avisa que precisa de ajuda ou quer um objeto que não está a seu alcance?
6. Quando você não está dando atenção a seu filho/a, ele/a tenta chamar sua atenção?
7. Seu filho/a faz coisas para fazer você rir?
8. Seu filho/a tenta fazer você ver objetos interessantes - só para você olhar para os objetos, nào para fazer algo com eles?

Gestos:

9. Seu filho/a pega objetos e os dá a você?
10. Seu filho lhe mostra objetos sem lhe dar os objetos?
11. Seu filho/a acena para cumprimentar as pessoas?
12. Seu filho/a aponta para objetos?
13. Seu filho balança a cabeça para indicar "sim"?

Sons:

14. Seu filho/a usa sons ou palavras para conseguir atenção ou ajuda?
15. Seu filho/a junta sons, como mama, gaga, tchau?
16. Aproximadamente quantos sons como os seguintes seu filho/a faz: ma, na, ba, da, ga, la, sa?
Nenhum, 1-2, 3-4, 5-8.

Palavras:

17. Aproximadamente quantas palvras diferentes seu filho/a usa com significado que você reconhece (por exemplo, "eta" para chupeta, "dedeira" para mamadeira?
Nenhuma, 1-3, 4-10, 11-30, mais de 30.
18. Seu filho junta duas palavras (exemplo, mais papá, quero papai, etc)?

Entendimento:

19. Quando você chama seu filho/a, ele/a responde olhando ou virando para você?
20. Aproximadamente quantas palavras ou frases seu filho/a entende sem gestos? Por exemplo, se você perguntar: "onde está sua barriga", "onde está o papai", "me dê a bola", "venha aqui", sem mostrar ou apontar, seu filho/a responderá apropriadamente?

Uso de objetos:

21. Seu filho/a mostra interessem em brincar com uma variedade de objetos?
22. Aproximadamente quantos dos objetos listados seu filho/a usa apropriadamente: copo, mamadeira, tigela, colher, pente ou escova, escova de dentes, pano de lavar o rosto, bola, carrinho, telefone de brinquedo?
Nenhum, 1-2, 3-4, 5-8, mais que 8.
23. Quantos blocos ou anéis seu filho/a empilha?
Nenhum, 2 blocos, 3-4 blocos, 5 ou mais blocos.
24.Seu filho/a brinca de faz-de-conta com brinquedos (por exemplo, dá comidinha a um bichinho de pelúcia, põe uma boneca para dormir, põe um personagem num carinho)?
Ainda não, às vezes, freqüentemente.

Você se preocupa com o desenvolvimento de seu filho/a?
Não, sim (caso afirmativo, descrever).


Para pontuar o teste é preciso marcar diversos ítens em tabelas de acordo com o desenvolvimento da criança, então é impossível eu colocar tudo aqui.

Mas fica a sugestão: se seu filho/a apresentar muitas falhas na maioria dos ítens, no sentido de pontuar a maioria como "ainda não" ou "nenhum", deve-se buscar algum profissional capacitado e com conhecimento em Autismo para realizar uma avaliação completa!

Como dito na reportagem, o teste em si não fecha diagnóstico sozinho, é mais um alerta para os pais e profissionais estarem atentos quanto ao desenvolvimentos das crianças!!!

Dúvidas: gitrida@yahoo.com.br

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Diferença entre Síndrome de Asperger e Autismo de Alto Funcionamento

Muito se fala sobre a diferença entre Síndrome de Asperger (SA) e Autismo de Alto Funcionamento (AAF). Este breve texto busca trazer algumas contribuições sobre este assunto.

Para tentar resumir:

  • Ambos os quadros são afetados pela tríade de comprometimentos (habilidades sociais, comunicação e interesses/imaginação);
  • Em ambos a inteligência deve ser NO MÍNIMO dentro da normalidade, ou seja, não pode haver rebaixamento intelectual;
  • A diferença principal, até o momento, nos critérios diagnósticos, é que pessoas com SA, geralmente, não apresentam atraso no desenvolvimento da linguagem (isto é, aos 3 anos a criança tem que construir frases e saber se expressar com clareza).
Existem 4 características importantes que podem auxiliar no processo de diagnóstico das duas condições:

Nível de Funcionamento Cognitivo:

A visão de que a SA é "autismo" mas sem dificuldades de aprendizagem pode ser útil do ponto de vista do diagnóstico, já que facilita a distinção entre os quadros. Entretanto, o próprio Hans Asperger disse que podem haver situações "não usuais"em que uma pessoa pode apresentar sintomas da SA com alguma dificuldade de aprendizagem. É largamente reconhecido que no AAF o QI não pode ser inferior a 65 - 70.

Habilidades Motoras:

Nos últimos anos, a visão de que as pessoas com SA apresentam também dificuldades com coordenação motora se tornou mais forte. O próprio Hans Asperger tinha conhecimento da prevalência de dificuldades nas habilidades motoras no grupo de pacientes que ele descreveu. Parece consenso de que a maioria das crianças com SA experienciam coordenação motora fina pobre. Entretanto, muitas crianças com AAF também terão dificuldades nesta área.

Desenvolvimento da Linguagem:

Esta é a área que causa maior controvérsia. Tanto o CID 10 quanto o DSM IV afirmam que para o diagnóstico de SA o desenvolvimento da linguagem deve ser normal. Crianças com AAF podem ter tido atrasos significativos no desenvolvimento da linguagem. Porém, nas descrições originais de Asperger ele relatou que peculiaridades na fala e discurso destas crianças são características chave da SA. Geralmente, o diagnóstico de SA é feito quando a criança é um pouco mais velha, e os pais podem não lembrar de detalhes do desenvolvimento da linguagem do(a) filho(a).

Idade de Início

Um diagnóstico de AAF e outro de SA podem ser dados a um mesmo indivíduo em diferentes etapas do desenvolvimento. Ocasionalmente uma criança pode receber um diagnóstico de AAF na primeira infância, e este diagnóstico pode ser mudado para SA quando ela inicia na escolarização formal. Alguns clínicos de diagnóstico são diretos em afirmar que o diagnóstico de SA não pode ser feito antes da criança iniciar a escolarização formal (primeiro ano do Ensino Fundamental). Isto acontece porque dificuldades nas habilidades sociais podem não ser ainda evidentes até que a criança tenha bastante envolvimento em situações sociais.




terça-feira, 12 de abril de 2011

Diagnóstico Precoce de Autismo


Olá!


Estava relendo uma matéria sobre Autismo da Revista Crescer de 2007. E detalhe: tirando pequenos detalhes, a reportagem ainda vale para hoje, 4 anos depois!


Eu trabalho muito fazendo diagnóstico de crianças com suspeita de Autismo, portante vale sempre lembrar: quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de a criança se desenvolver e ficar com um funcionamento típico!


Existem alguns instrumentos (testes e escalas) que nós psicólogos usamos para saber se a criança tem traços de Autismo (ou de Espectro do Autismo) que podem forcener o diagnóstico com maior confiança.


Segue abaixo a reportagem:


Autismo: universo ao meu redor

Ter um filho autista não é culpa dos pais. Mas é preciso estar atento, já que, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, melhor.


Dez/07 - Nem os chamados da mãe faziam a pequena Rafaela sair do seu mundinho. Com 1 ano e 3meses, ela começou a mudar de comportamento e deixou de se comunicar. Ainda batia palmas quando via um comercial na televisão, andava de um lado para outro, mas agia como se não conseguisse ouvir os pais e não emitia palavra nenhuma. Com poucos meses de vida, Jaqueline também passou a se comportar deforma diferente dos demais bebês. Demorou para sentar, falar, andar. Tanto Danielle Nery Lins, mãe de Rafaela, quanto Nilvana dos Santos, mãe de Jaqueline, percorreram uma infinidade de médicos à procura de respostas.


Danielle ouviu o diagnóstico de que sua filha era autista há um ano, quando a menina tinha 2. Nilvana só descobriu o que acontecia com a sua quando ela tinha 5, em 2002. Apesar da aparente semelhança entre os casos, o que fez diferença foi a idade em que as meninas começaram a ser tratadas. “O diagnóstico antes dos 3 anos de idade dá mais possibilidade de modular e interferir na estrutura do cérebro da criança”, diz Adailton Pontes, neurologista infantil. “Se a doença é descoberta tardiamente, a criança pode não aprender a falar ou ter mais dificuldade para ter autonomia, por exemplo”, afirma o psicanalista infantil Estevão.


Danielle deixou o emprego para se dedicar a Rafaela. Ela não sabia o que era a doença nem que a filha, estimulada, poderia um dia interagir com os pais. “Minha filha não dizia nada, não se comunicava”, diz. A menina ainda não fala direito, mas vai à terapia e ao fonoaudiólogo e mostra progressos rápidos: passou a se comunicar com os pais, largou a fralda diurna, vai ao banheiro sozinha e sabe mexer no aparelho de DVD. “Ela está se desenvolvendo bastante.” Jaqueline acompanha a mãe ao supermercado e ajuda nos cuidados da casa. “Tudo o que queria que minha filha fizesse, ela faz. Demorou mais, porque o diagnóstico foi tarde, mas deu certo”, diz Nilvana. A primeira pergunta que fez ao saber da doença foi: ela vai morrer? Ao saber que um autista sem outros problemas vive tanto quanto alguém que não tenha a doença, ela decidiu acompanhar o tratamento da filha e também parou de trabalhar. Optou por deixar Jaqueline em uma escola regular. Apesar de não demonstrar muito interesse pelas aulas e de apresentar dificuldade com as letras, a menina foi alfabetizada.


Quanto mais cedo a doença é detectada, mais possibilidades a criança tem de se desenvolver. Por conta disso, a comunidade científica tem como objetivo especificar as causas da síndrome e reduzir o diagnóstico para 1 ano de idade. Pesquisadores do Instituto Kennedy Krieger, em Baltimore, nos Estados Unidos, avaliaram bebês do 14º ao 36º mês e descobriram que ao menos metade das crianças com autismo poderia ser reconhecida no primeiro ano de vida.


O que faz desse processo uma batalha é a complexa estrutura da doença, um transtorno definido pela presença de desenvolvimento anormal ou parcial da interação social e pelos problemas de comunicação, além da presença de um comportamento restrito e repetitivo. O autismo não tem uma causa definida, podendo ser desde uma inflamação que ocorre no sistema nervoso do feto durante a gravidez, ainda sem explicação científica, até a herança genética. Neste caso,os traços do autismo podem estar em vários membros da família. A doença, em alguns pacientes, também é acompanhada de outra síndrome associada, como Down ou X-frágil.


A única certeza é que os pais não têm culpa do filho ter nascido autista. Quando a doença foi descoberta, a psicanálise culpava a família pelo transtorno. Diziam que era o modo de vida e a maneira como cuidavam da criança que causava o autismo. A ciência descobriu, depois, que essa não é uma doença psicológica.


Sem um diagnóstico clínico preciso, é difícil saber a quantidade de autistas no mundo. No Brasil, por exemplo, fala-se em 170 mil. Mas os números são subestimados. Calcula-se que 1 milhão de brasileiros tenha algum grau da doença, que possui dezenas de subtipos. É esse grau que determina que habilidades uma pessoa com autismo conseguirá desenvolver quando estimulada. Segundo os especialistas, 30% das crianças terão um bom desenvolvimento intelectual, podendo entrar na faculdade, conseguir emprego, dirigir. A escola regular, no entanto, não vai ser a melhor opção em todos os casos porque a criança autista precisa de atenção especial. A decisão pelo tipo de colégio, ou até por aulas particulares, deve ser tomada pela família em conjunto com o médico.


Preste atenção!!!


Estas mudanças comportamentais são comuns em autistas, mas não é necessário que a criança apresente todas para ter a doença. O inverso também vale: uma criança que tenha alguns não é necessariamente autista. O importante é ver a freqüência com que acontecem e procurar um médico. Quem dá o diagnóstico é o especialista.


- Têm hábitos alimentares seletivos, com restrição à consistência

- Não olham na mesma direção que os outros

- Não se jogam no colo da mãe quando ela estende os braços, por exemplo

- Mexem os dedos em frente aos olhos

- Têm aversão ao contato físico e tendência a se isolar

- Podem ter hipersensibilidade auditiva

- Não gostam de ambientes com muita gente

- Usam outras pessoas como ferramentas, como pegar a mão de alguém para abrir a porta

- Cometem auto-agressão

- Objetos que produzam movimentos repetitivos captam a atenção, como ventiladores.



quinta-feira, 31 de março de 2011

Notícia sobre Autismo


Olá,


Acabei de ler essa notícia sobre Autismo.


Legal saber que existem várias pesquisas no mundo todo tentando achar novos tratamentos mais eficazes, pois infelizmente ainda não há nenhuma medicação totalmente eficaz para pessoas no Espectro to Autismo.


Uma investigação levada a cabo por cientistas portugueses e norte-americanos indica que os distúrbios de comportamento ligados ao autismo podem ser desencadeados por uma proteína integrada no processo de comunicação entre neurónios (sinapses).


O gene que controla a produção da proteína Shank3 foi mutado num grupo de ratos de laboratório. "O que observámos é que os ratinhos com Shank3 mutado exibem comportamentos repetitivos, mostram altos níveis de 'ansiedade' e evitam o contacto social com outros ratinhos", explicou ao jornal Público a investigadora Cátia Feliciano.


Espera-se que esta descoberta leve à criação dos primeiros medicamentos eficazes no controlo do autismo, explica João Peça, outros dos investigadores lusos envolvidos no estudo, já publicado na revista Nature. "Em termos de tratamento será agora importante identificar se efectivamente disfunções no striatum [área do cérebro mais afetada nos animais analisados] são um ponto em comum no autismo. Um dos principais focos da nossa investigação será perceber como modular este circuito", acrescenta.


A equipe de especialistas vai prosseguir a investigação em ratos de laboratório, estando ainda algo distante a possibilidade de replicá-la em humanos. Segundo a Federação Portuguesa de Autismo, por cada 10 mil pessoas, 10 têm autismo e 2,5 têm síndroma de Asperger.


Estudos desenvolvidos em Portugal apontam para números semelhantes [dados referentes a 2006]. As perturbações do espectro do autismo incluem uma série de distúrbios, como deficiências na comunicação e ao nível das interacções sociais, interesses restritivos e comportamentos repetitivos.


[Notícia sugerida pela utilizadora Raquel Baêta]


quarta-feira, 9 de março de 2011

Dia Mundial da Conscientização do Autismo


Oi gente,


Só pra lembrar que dia 02 de abril é o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo.


Estamos vendo o que vamos fazer em Florianópolis ainda.


Segue abaixo o cartaz.

sábado, 5 de março de 2011

Livro novo sobre Autismo


Estou lendo um livro ótimo sobre Autismo, na verdade estou bem no começo. Chama-se "Autismo, um mundo obscuro e conturbado".

O autor faz um resgate histórico sobre o autismo, desde os tempos de Kanner e Asperger. Não que isso seja novidade para quem é da área, mas o autor escreve de uma forma fascinante!

Fala também da evolução dos conceitos ligados so Autismo, da psicopatologia e da psiquiatria.

O autor é antropólogo e tem uma filha autista. Parece que é um best seller mundial. E eu assino em baixo!

Autor: Roy Richard Grinker
Editora: Larousse

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Diagnóstico de Síndrome de Asperger

O diagnóstico de Síndrome de Asperger (SA) é bastante complexo, já que envolve avaliações de algumas áreas de habilidades. É bastante comum só tornar-se evidente na adolescência.

Seguem abaixo os principais indicadores da SA, sendo que se alguém apresenta a maioria destas características deve procurar algum especialista para confirmar ou não o diagnóstico. É importante lembrar que estas características variam muito de uma pessoa para outra, mas geralmente são divididas em 3 grupos:


Comunicação
  • Dificuldades de entender gestos, expressões faciais e tom de voz;
  • Dificuldade de saber quando começar ou terminar uma conversa, e escolher assuntos para conversar;
  • Uso de palavras e frases complexas, talvez sem total entendimento do que querem dizer;
  • Entendimento literal e dificuldades de entender piadas, metáforas e sarcasmo.

Interação Social

  • Dificuldades para fazer e manter amizades;
  • Dififuldades de entendimento de regras sociais implícitas, que a maioria das pessoas ocorre de forma intuitiva. Exemplo: ficar muito perto de alguém quando conversando, falar sobre um tópico inapropriado numa conversa;
  • Achar outras pessoas imprevisíveis e confusas;
  • Isolamento social, com pouco interesse nas pessoas, aparentando ser muito reservado;
  • Comportamento considerado "estranho" e inapropriado.

Imaginação

  • Dificuldades para descobrir "saídas"de situações e para predizer o que vai acontecer;
  • Dififuldades para entender ou interpetrar pensamentos, idéias ou ações de outras pessoas;
  • Limitações em atividades imaginativas, geralmente há repetição de poucas atividades, tais como colecionar e organizar coisas de seu interesse.
  • Ausência de brincadeiras/atividades de faz-de-conta, com pouca simbolização.

É importante lembrar que nem todas estas características precisam estar presentes, é o conjunto estas características de forma qualitativa e quantitativa que fornecerá o diagnóstico.

Existem algumas pessoas famosas que suspeita-se terem SA, tais como Bill Gates, Albert Einstein, Isaac Newton, Wolfgang Mozart, Dan Aykroyd, Woody Allen.

Fontes: http://www.autism.org.uk/

http://www.asperger-syndrome.me.uk/

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Curso "Improving the Skills of Children with Asperger's Syndrome"


Oi pessoal,


Finalmente vou postar um pouco do conteúdo que peguei no curso sobre Síndrome de Asperger (SA), com o Professor Colin Troy.


Na SA existe uma grande variação de sintomas, de indivíduos com dificuldades nas áreas de habilidades sociais e comunicação mas com leve grau de dificuldades de aprendizagem, até os que podem ter comportamento idiossincrático mas sem dificuldades de aprendizagem.


Existe uma tríade de comprometimentos: 1) na comunicação, 2) interação social, 3) inflexibilidade de pensamento.


Na comunicação, pode existir: processamento pobre da linguagem, entendimento literal, falta de flexibilidade no uso da linguagem, dificuldade de entender o contexto, falta de conhecimento do impacto da linguagem.


Na interação social pode ocorrer: falta de entendimento da linguagem corporal, inabilidade de "ler" as expressões faciais, não entendimento de contextos sociais, egocentrismo em situações sociais.


E na inflexibilidade de pensamento: falta de empatia, falta de Teoria da Mente (TOM), dificuldade em predizer comportamentos, pouca aceitação de mudanças na rotina, obsessões e interesses fatuais e pontuais.


Outros sintomas incluem: hiperatividade, rituais/estereotipias, interesses restritos, sensibilidade a estímulos sensoriais, medos irracionais, linguagem pedante, auto e hetero agressividade, sono e alimentação problemáticos.


Deve-se sempre trabalhar com as áreas que estão mais defasadas em relação a crianças com desenvolvimento típico.


Podem apresentar altos níveis de ansiedade. Nestes casos pode se utilizar objetos que os acalmam.


Algumas crianças com SA podem ser muito controladoras, mas não se deve deixar que a criança controle o funcionamento familiar.


Deve-se dar poucas opções de escolha (no máximo 2 ítens), para evitar aumentar ansiedade e facilitar o processo.


Importante também trabalhar o aumento da tolerência, já que muitos apresentam baixa tolerância a frustração.


Podem passar a imagem de insensíveis, já que tendem a ter relacionamentos mais funcionais do que afetivos.




Por enquanto é só!


Depois continuo postando.




quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cursos

Olá!

Tive a oportunidade de fazer 2 cursos em Londres, um sobre Síndrome de Asperger, outro sobre Espectro do Autismo... Final de semana vou postar colocando o resumo do que aprendi nos dois cursos, ok?

Vou tentar postar com mais freqüência aqui também!

Um abraço,

Gisele