Boa tarde a todos!!!
Hoje irei falar sobre a possibilidade de um outro filho também apresentar Autismo.
Antes de tudo, ter um filho é uma decisão bastante emocional, na maioria das vezes, do casal.
Nesses anos de prática profissional, já atendi gêmeos monozigóticos em que ambos tinham autismo, gêmeos dizigóticos em que um tinha autismo e outro não, irmãos que um tinha autismo e o outros Síndrome de Asperger (atual TEA de alto funcionamento), e irmãos que um deles é autista e outro possui desenvolvimento típico.
Sabe-se que na gravidez de gêmeos monozigóticos, se um dos bebês é autista o outro tem uma chance muito grande (de 60 a 90%, dependendo do estudo) de também estar no Espectro do Autismo.
Isso implica que existem fatores genéticos associados, mas não totalmente, já que a concordância não é de 100%.
A literatura também fala que se um filho tem autismo, a chance do segundo filho ter TEA varia entre 5 a 20%.
A chance é maior, sem dúvida!!! Mas essa é uma decisão muito pessoal do casal que envolvem inúmeros fatores.
Para deixar o post mais "técnico", um estudo feito pela Universidade Columbia, demonstra que há uma ligação entre o intervalo de tempo entre o nascimento de uma criança autista e seu irmão/ã. Esse estudo indica que quando a segunda gravidez foi inferior ao tempo de 12 meses, o risco de autismo no segundo filho foi três vezes maior em comparação a gestações com pelo menos 3 anos de intervalo.
Nas gestações com 1 a 2 anos de intervalo o risco foi duas vezes maior.
Assim: "estes resultados sugerem que as crianças nascidas depois de intervalos mais curtos entre as gestações têm um risco acrescido de desenvolver o autismo, o maior risco estava associado com gestações num espaço com menos de 1 ano de intervalo."
Cabe lembrar mais uma vez que essa decisão cabe ao casal e deve ser respeitada, pois há aí crenças, valores e expectativas individuais e familiares.
Consultar um geneticista pode ser interessante!
Abraços a todos,
Gisele.
Fonte: http://www.aia.org.pt/
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